Flatland encontra significância no romance homónimo do séc XIX, de Edwin A. Abbot, apropriando-se de algumas das suas premissas numa tentativa de as olhar à luz do agora, e, muito particularmente, da profunda crise de identidade que caracteriza o nosso tempo. Uma série de pequenas impressões, manifestadas através da pintura, que pretendem levar-nos, em pequenos sopros, ao confronto com a reflexão da identidade, num tempo em que o “eu” se constrói, cada vez mais, como simulacro.
Flatland finds significance in the eponymous novel of the 19th century, by Edwin A. Abbot, appropriating some of its premises in an attempt to look at them in the light of now, and, in particular, the profound identity crisis that characterizes our time. A series of small impressions, manifested through painting, that intend to take us, in small breaths, to the confrontation with the reflection of the identity, in a time when the “I” is constructed, more and more, as a simulacrum.
Ana Monteiro
" A reflexão sobre a identidade, o narcisismo e o egocentrismo vistos de uma forma positiva, o desfasamento entre nós e o meio social. O desfasamento entre nós e o entendimento que temos de nós próprios. As nossas múltiplas facetas. A nossa complexidade. A nossa incapacidade atroz de não nos conhecermos sequer a nós próprios. Há qualquer coisa de brutalmente belo nisso. De profundamente irónico. E é essa crueza, essa ironia, que tenho tentado tornar uma constante na minha obra. "
" The reflection on identity, narcissism and self-centeredness viewed in a positive way, the gap between us and the social environment. The gap between us and our understanding of ourselves. Our multiple facets. Our complexity. our atrocious inability to not even know ourselves. There is something brutally beautiful about it. Deeply ironic. And it is this rawness, this irony, that I have tried to make a constant in my work. "
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