As pinturas apresentadas na exposição Final Argument do artista Luis Ferreira salientam o contraste forte entre a luz e a sombra, associando à luz o lado visível e à sombra o que é indefinido e não tão evidente. Entre um ambiente conspirador e uma proposta irrecusável, desdobra-se um enredo misterioso, onde uma sedução se entrelaça perante situações constrangedoras. Cada pintura revela um plano complexo, uma revelação surpreendente ou um inocente provocador O observador é convidado a desvendar a estória oculta em cada tela. O que originou e conduziu cada situação? Quantos destinos se refletem dentro de cada enredo? Que consequências emergem de um gesto ou de uma palavra? Quem estará realmente a ser julgado? Os observadores?
The paintings presented at Final Argument from the artist Luis Ferreira highlights the strong contrast between light and shadow, associating light with the visible side and shadow with what is undefined and not so evident. Between a conspiratorial environment and an irrefutable proposal, a mysterious plot unfolds, where a seduction intertwines with embarrassing situations. Each painting reveals a complex plan, a surprising revelation or an innocent provocateur. The viewer is invited to uncover the story hidden in each screen. What originated and lead each situation? How many destinies are reflected within each story? What consequences emerge from a gesture or a word? Who will really be on trial? The viewer?
Luís Ferreira (1996, Portugal)
“À medida que avanço na minha prática, inevitavelmente acabo por ser seduzido pelas potencialidades visuais do claro-escuro. Embora o interesse pelo lado mimético da configuração das figuras, tenho vindo a privilegiar mais a exploração pictórica da luz e da sombra, quer na sua intensidade, quer nas diferentes consistências de tinta. As obras têm sido cuidadosamente planeadas antes da sua produção, as próprias metodologias de trabalho são adaptadas para servir esse propósito e a minha escolha de temática é subordinada a essa condição.”
“As I advance in my practice, I inevitably end up being seduced by the visual potential of chiaroscuro. Despite my interest in the mimetic side of the configuration of figures, I have come to favor more the pictorial exploration of light and shadow, both in their intensity and in the different consistencies of paint. The works have been carefully planned before their production, the work methodologies themselves are adapted to serve this purpose and my choice of theme is subordinate to this condition.”
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